domingo, 15 de abril de 2018

REVISÃO I UNIDADE DE GEOGRAFIA


Origem e Evolução da Geografia

Inicialmente, a Geografia foi definida como o estudo da superfície da Terra. O grego Heródoto (484-420 a.C.) é considerado o pai da Geografia e da História. Nessa mesma época, nasceu outro ramo da Geografia, denominado Geografia Geral ou Geografia Matemática, preocupada com a posição da Terra no universo, suas dimensões e representações cartográficas.
No final do século XVIII, Immanuel Kant (1724-1804), considerado o fundador da Geografia Moderna, classificou o conhecimento geográfico como uma das partes principais do conhecimento humano.
A Geografia Física, que engloba o homem, seria um resumo da natureza e a base da história, havendo ainda outras partes no conhecimento geográfico.
No início da Idade Contemporânea, surgiu a doutrina do Determinismo, segundo a qual o homem seria resultado exclusivo das forças da natureza, ou seja, do meio ambiente em que vive. Paralelamente à evolução da New Geography, desenvolveu-se a Geografia Nova ou Marginal. Recebendo influências do socialismo e do terceiro mundismo (movimento anticolonialista nascido em 1955), ela se opôs à New Geography, apontando-a como a Geografia do Imperialismo.
As concepções da Geografia Crítica entraram em confronto com a Geografia Tradicional, criando uma verdadeira guerra política, já que os geógrafos críticos buscavam uma ação transformadora da realidade e uma renovação completa do estudo e do ensino da Geografia. Milton Santos chama a atenção sobre o papel dos Estados nessa construção do espaço geográfico.
A modernização, no entanto, não atinge todos os lugares ao mesmo tempo, seguindo uma lógica que é a do capital, e não a dos interesses da maioria dos homens.
O estudo da Geografia deve obedecer às regras metodológicas dessa ciência. A boa aplicação do Princípio da Extensão faz uso da interdisciplinaridade, recorrendo aos recursos da cartografia, da estatística e da geodésia.

O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, o mesmo é divido em: espaço geográfico natural e espaço geográfico cultural ou construído. Em suma, pode-se afirmar que o espaço geográfico é o “palco” das relações humanas, pois o homem habita a superfície e usufrui de tudo que a natureza fornece.

Os impactos do desenvolvimento econômico na construção do espaço geográfico

Podemos considerar que o espaço geográfico, tanto no meio urbano quanto no meio rural é essencialmente produzido, ou seja, é construído pelas práticas humanas. O estabelecimento dessas práticas está, quase sempre, relacionado à manifestação de condutas no meio financeiro e tecnológico que irão sustentar ações de impacto.
Um exemplo dos efeitos econômicos sobre o meio geográfico é a ocorrência III Revolução Industrial que, via “revolução verde”, conseguiu dinamizar e, ao mesmo tempo, mecanizar a produção no campo, o que teve como consequência a ampliação da fronteira agrícola no Brasil e a intensificação do êxodo rural nas sociedades subdesenvolvidas em geral.
A Geografia Econômica é o ramo do conhecimento responsável por compreender a lógica da produção e distribuição das atividades econômicas. Além disso, ela visa entender a influência dessas manifestações produtivas sobre o espaço geográfico e as interferências que o meio realiza sobre elas.

REVISÃO I UNIDADE DE GEOGRAFIA REPRESENTAÇÃO Da TERRA E IMPACTOS AMBIENTAIS



Existem diversas formas de se representar o espaço geográfico, sejam por meio de desenhos artísticos, técnicos, fotografias, mapas, etc. A ciência responsável pela representação gráfica do espaço geográfico, tendo como produto final o mapa, é a Cartografia. O nosso lugar não é uma realidade isolada. Ele faz parte de um conjunto de lugares, marcados por diferentes aspectos naturais, que passaram por vários processos históricos. Esses lugares estão unidos por uma complexa rede de relações políticas, econômicas e sociais, a esse conjunto de lugares e suas relações com outros lugares, denominamos de espaço geográfico.
Rosa dos ventos



Qualidade de vida nas cidades: acesso à saúde, infraestrutura e segurança
Serviços como coleta de lixo, água tratada, iluminação pública, coleta de esgoto e outro.

Na sociedade capitalista ocidental, a saída do campo para as cidades foi motivada pela concentração industrial e comercial nos espaços urbanos, fazendo com que as pessoas se deslocassem em busca de emprego e prestação de serviços. Nas cidades, existe uma grande concentração populacional em pequenos espaços e, para que as pessoas possam viver bem, com as mínimas condições de vida, são necessários serviços como coleta de lixo, saúde, água tratada, iluminação pública, segurança, coleta de esgoto e outros que englobam a denominada “qualidade de vida”.
A expressão qualidade de vida indica as condições de vida de um ser humano e envolve várias áreas, como o bem físico, espiritual, mental, psicológico e emocional das pessoas; os seus relacionamentos sociais, como família e amigos; e também incluem a saúde, educação, poder de compra, habitação, saneamento básico e demais condições que afetam as nossas vidas.
É importante ressaltar que qualidade e o padrão de vida não são expressões sinônimas, pois a última é uma medida que quantifica a qualidade e quantidade de bens e serviços disponíveis.

Mais de 90% das cidades brasileiras têm problemas ambientais

Mais de 90% dos municípios brasileiros sofrem com a ocorrência de impactos ambientais, de acordo com a Pesquisa de Informações Municipais 2008, divulgada nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do total de 5.564 municípios do país, 5.040 registraram, principalmente, casos de queimadas, desmatamento e assoreamento de corpos d’água nos 24 meses anteriores ao estudo. O levantamento considera como impactos ambientais queimadas, desmatamento, assoreamento de corpo d’água (areias e detritos depositados nos leitos dos rios, impedindo a fluidez da água), poluição da água, escassez de água, contaminação do solo, poluição do ar, degradação de áreas legalmente protegidas, alteração que tenha prejudicado a paisagem, alteração que tenha afetado as condições de vida da população, atividade agrícola prejudicada por problemas ambientais, atividade de pecuária prejudicada por problemas ambientais, redução da quantidade, diversidade ou perda na qualidade do pescado e outros.
A ocorrência de impactos que afetaram as condições de vida da população foi registrada em 829 dos 5.564 municípios, o que equivale a 14,9%. O problema é mais comum nas Regiões Norte (24,1% dos municípios) e Nordeste (20,3% dos municípios). A Região Sul é a que tem menos freqüência desse registro, com 9,3%.


REVISÃO I UNIDADE DE GEOGRAFIA


paisagem é, pois, os aspectos perceptíveis do espaço geográfico, isto é, a forma como compreendemos o mundo a partir de nossos sentidos, tais como a visão, o olfato, o paladar, entre outros. É claro que a visão é, geralmente, o mais preponderante dos sentidos quando falamos em compreensão da paisagem, porém não é o único, de forma que podemos perceber o espaço também pelos seus cheiros, sons, sabores e aspectos externos.
Paisagem natural é sinônimo de natureza. Esse tipo de paisagem não sofre modificação antrópica, ou seja, através da intervenção humana. Ela sofre, sim, alguma modificação, mas essa é propiciada por questões naturais, como a variação de temperatura e a pluviosidade, por exemplo.
Em alguns casos, a natureza pode estar ausente na paisagem humanizada. Essa também é chamada de paisagem modificada ou artificial. Isto ocorre em decorrência da ação humana. Há casos em que a natureza pode existir com um aspecto modificado, transformado ou, muitas vezes, deteriorado ou deformado.
Impactos ambientais são as consequências negativas geradas ao meio ambiente, originárias de ações humanas. Estas ações podem provocar diversos tipos de degradação ambiental no solo, na água e na vegetação. Atividades geradoras de impactos ambientais no Brasil e suas consequências, EX: Urbanização e industrialização sem planejamento. O crescimento de cidades sem que haja planejamento urbano adequado pode ser causador de vários impactos ambientais. Um dos principais é a retirada de áreas verdes para a construção de prédios, residências, fábricas e outros tipos de construção. Com pouca área verde, aumenta muito a poluição atmosférica, além de ser um fator determinante no aumento de enchentes e alagamentos em períodos de grande quantidade de chuvas.

Rosa dos ventos




O Espaço Urbano pode ser definido como o espaço das cidades, o conjunto de atividades que ocorrem em uma mesma integração local, com a justaposição de casas e edifícios, atividades e práticas econômicas, sociais e culturais. O espaço da cidade é, dessa forma, uma paisagem representativa do espaço geográfico, um território das práticas políticas e um lugar das visões de mundo e mediações culturais. No entanto, é preciso estabelecer uma distinção entre o urbano e as cidades. Existem cidades, por exemplo, que não são consideradas urbanas, por possuírem uma pequena quantidade de habitantes e uma baixa dinâmica econômica. Para o IBGE, cidades com menos de 20 mil habitantes são consideradas como espaço rural. Além disso, no meio agrário, evidenciam-se algumas práticas e características do espaço urbano, o que nos leva a crer que o urbano transcende (vai além) do espaço das cidades.
Os cidadãos, que são as pessoas que integram a materialidade da cidade e dão o movimento do urbano, correspondem aos habitantes que buscam através de seus direitos e deveres uma melhor forma de habitar, viver, usufruir, consumir na cidade. O direito a uma cidade onde possa realizar sua prática espacial e social e de “exercitar o direito a ter direitos” Entretanto, seu papel na sociedade moderna tem sido restrito e condicionado ao de consumidor de mercadorias, espaço, imagens, etc, tem reduzido o cidadão ao papel de mero expectador das ações de uma sociedade burocrática que dirige seu consumo, sua forma de pensar, de agir, e de se relacionar com a cidade. (CAVALCANTI, 2001)

Ponta do Seixas 2008

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Salvar o mundo!

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